segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Loki


Loki (também conhecido como Loke ou possivelmente Lothur) é um deus ou um gigante da mitologia nórdica. Deus do fogo, da trapaça e da travessura, também está ligado à magia e pode assumir formas de vários animais - exceto de aves - e de ambos os sexos. Ele não pertence aos Aesir, embora viva com eles. É frequentemente considerado um símbolo da maldade, traiçoeiro, de pouca confiança; e, embora suas artimanhas geralmente causem problemas a curto prazo aos deuses, estes frequentemente se beneficiam, no fim, das travessuras de Loki. Ele está entre as figuras mais complexas da mitologia nórdica.
Ele possui um grande senso de estratégia e usa suas habilidades para seus interesses, envolvendo intriga e mentiras complexas. Sendo um misto de deus e gigante, sua relação com os outros deuses é conturbada.Segundo as lendas nórdicas ele iria liderar um exército no Ragnarok. Entretanto, ele é respeitado por Thor. Ele também ajuda Thor a recuperar seu martelo Mjölnir, roubado pelos gigantes, obtém alguns dos artefatos mais preciosos dos deuses - como a própria Mjölnir, a lança de Odin, Gungnir, os cabelos de ouro de Sif e o navio mágico de Freyr, Skidbladnir.
As referências a Loki estão no Edda em verso, compilado no século XIII a partir de fontes tradicionais, no Edda em prosa e no Heimskringla, escrito no século XIII por Snorri Sturluson. Ele também aparece nos Poemas rúnicos, a poesia dos escaldos, e no folclore escandinavo. Há teorias que conectam o personagem com o ar ou o fogo, e que ele pode ser a mesma figura do deus Lóðurr, um dos irmãos de Odin. O compositor Richard Wagner apresentou o personagem com o nome germânico Loge em sua tetralogia de óperas Der Ring des Nibelungen. Entretanto, essa variação do nome na realidade diz respeito a outro personagem nórdico, o gigante de fogo Logi, o que reforça sua relação com o fogo.

Edda em Verso
No Edda em verso, Loki aparece nos poemas VöluspáLokasennaÞrymskviðaReginsmálBaldrs draumar e Hyndluljóð, seja apenas citado ou parte relevante do texto.

Lokasenna

O poema começa com uma prosa introdutória detalhando que Aegir promovia um evento em seu salão para alguns deuses e elfos. No local, os deuses elogiam os serventes Fimafeng e Eldir, e Loki mata Fimafeng por não suportar ouvir aquilo. Em resposta, os deuses pegam seus escudos e atacam Loki, o perseguindo do salão até a floresta. Por fim, os deuses retornam ao salão e continuam a beber.
O fugitivo volta ao local, e encontrar Eldir fora do salão. Começando o poema, Loki o saúda e pede que ele conte o que os deuses discutem desde sua ausência. Eldir responde que eles discutem suas armas e suas qualidades bélicas, e que nada amigável se dizia sobre Loki. O deus do fogo diz que entrará no evento, e que até o fim ele induziria discussão entre os deuses. Ele entra no salão, e todos se emudecem com sua presença.
Sedento, Loki clama que havia retornado de uma longa jornada para pedir aos deuses uma dose de hidromel. Chamando-os de arrogantes, ele questiona porque eles se calam, e exige que o encontrem uma cadeira, ou o expulsem do local. O deus escaldo Bragi é o primeiro a responder, dizendo que Loki não teria uma cadeira. Loki não o responde diretamente, mas direciona sua atenção a Odin, lembrando que nos velhos tempos Odin dizia que nunca beberia se a bebida não fosse trazida a ambos.
Odin então pede a seu filho Vidar que se levante, para que Loki possa sentar e parar de culpar os deuses presentes. O jovem se levanta e serve bebida ao convidado. Antes de beber, ele pede um brinde aos deuses, exceto a Bragi, que responde que forneceria um cavalo, uma espada e um anel de suas posses para que não fosse mal visto pelos outros deuses. Ao acusar o argumentador, Loki ouve que, fora do salão Bragi teria a cabeça do inimigo como prêmio por suas mentiras. Ele responde que Bragi era bravo somente sentado, e que correria ao enfrentar um homem de espírito.
A deusa Iduna interrompe, pedindo que Bragi mate Loki naquele salão, em respeito à sua família. Loki pede que ela se cale, acusando-a, sendo respondido que ela gostaria de vê-los duelando. A deusa Gefjun comcorda o motivo dos dois duelarem, e é respondida por Loki com nenhuma acusação.
Odin diz que Loki seria insano ao tornar Gefjun sua inimiga, tendo em vista que sua sabedoria com o destino dos homens seria tão grande quanto a do próprio Odin. Os dois então passam a trocar insultos sobre fatos do passado. Frigg, deusa e esposa de Odin, argumenta que o passado dos dois não deveria ser dito em frente aos outros, e Loki passa a insultá-la também, o que também acontece com Freya e Njord, entre outros.
Eventualmente, Thor chega ao local e manda Loki se calar, chamando-o de criatura maléfica e dizendo que com seu martelo Mjölnir o silenciaria. Os dois também começam a discutir, terminando o poema de Lokasenna. Por fim, há uma prosa detalhando Loki saindo do salão, transformando-se em salmão e se escondendo nas cascatas de Franangrsfors, onde os Aesir o capturaram. Loki é preso, e Skadi coloca uma cobra sobre sua cabeça, de onde passar a cair veneno. Esposa de Loki, Sigyn senta-se junto a ele e começa a coletar o veneno em defesa de seu esposo. Com o enchimento da vasilha, ela constantemente deixa o local para despejar o líquido, e durante esse período o líquido tóxico cai sobre ele, causando-o tamanha dor que toda a terra treme com o seu grito, gerando, assim, os terremotos.

Þrymskviða

Thor acorda e percebe a perda de seu martelo Mjölnir. Ele vai ao encontro de Loki, e os dois vão à corte de Freya. A deusa tinha uma capa de penas de falcão que lhe dava a habilidade de se transformar em pássaro e voar pelos diversos mundos. Loki lhe pede emprestado sua capa para poder procurar o objeto perdido, sendo atendido. Ele pega a capa e sai à procura.
Em Jotunheim, o gigante Þrymr está sentado numa mamoa e vê Loki chegando. Ele pergunta o que estaria acontecendo entre os deuses e os elfos para Loki estar sozinho naquele local. Loki responde que ele tinha más notícias para deuses e elfos, o martelo de Thor havia sumido. O gigante responde que havia escondido o Mjölnir debaixo da terra, e que o devolveria somente se Freya fosse trazida para se tornar sua esposa. Loki então deixa o local, e volta à presença dos deuses.
Thor questiona o sucesso da busca de Loki. Loki conta que o martelo está com Þrymr, mas que só seria devolvido se Freya fosse levada a ele para se tornar sua esposa. Os dois vão ao encontro da deusa e a pedem para se vestir de noiva, para que fosse a Jotunheim. Indignada, ela protesta com ódio, fazendo com que seu colar Brisingamen caia, e recusando-se a fazer tal coisa. Como resultado, os deuses se reúnem para discutir o assunto. Heimdall sugere que Thor se disfarce e se vista de noiva e vá ao local, o que é rejeitado por Thor. Mas Loki apóia a ideia, dizendo que essa seria a única forma de recuperar o martelo. Ele argumenta que, sem aquele martelo, os gigantes poderiam invadir e se estabelecer em Asgard. Os deuses então vestem Thor como uma noiva, Loki se disfarça de mulher para acompanhá-lo como ajudante, e os dois então partem para Jotunheim.
Cavalgando juntos na biga levada por cabras, os dois chegam ao local. Þrymr comanda os gigantes em seu salão para prepará-lo para a cerimônia. No começo da noite, Loki e Thor encontram-se com Þrymr; Thor come e bebe ferozmente, consumindo animais inteiros e muito hidromel. Þrymr estranha tal comportamento, mas Loki, sentado ao lado e percebendo a situação, desculpa-se e alega que "Freya" não havia comido por oito dias, tão ansiosa estava com o casamento. Þrymr levanta o véu e deseja beijar a noiva, mas nota os olhos raivosos encarando-o. Loki novamente se desculpa, dizendo que "ela" não havia dormido por oito noites ansiosa com o casamento.
Pede-se o presente de casamento, e os gigantes trazem o Mjölnir para santificar a noiva, e casar os noivos sob bênção da deusa Vár. Thor exulta quando vê o martelo: finalmente recuperando-o, matando todos os gigantes presentes na cerimônia, e mais alguns no caminho de volta a Asgard .

Reginsmál

Loki aparece na prosa e no começo do poema de Reginsmál. A introdução em prosa detalha que enquanto o herói Sigurd era cuidado por Regin, filho de Hreidmar. Regin o conta que certa vez os deuses Odin, Hoenir e Loki foram às cascatas de Andvara, que tinha muitos peixes. Lá encontraram o Anão Regin, que tinha dois irmãos: Andvari, que se alimentava ao ficar em Andvara sob forma de peixe, e Ótr, que frequentemente ia ao local sob forma de lontra.
Enquanto os três deuses estão nas cascatas, Ótr (sob forma de lontra) pega um salmão e o come na beira do rio; ele morre quando Loki o acerta com uma pedra. Os deuses saúdam o ato, e pegam a pele da lontra para fazer uma bolsa. Na mesma noite, eles se encontram com Hreidmar (pai de Ótr) e o mostram suas capturas, incluindo a pela da lontra. Regin e seu pai identificam o ente que havia morrido, e Hreidmar exige que eles preencham a bolsa com ouro em troca da perda do filho.
Loki é enviado para essa tarefa, e se encontra com a deusa Rán, que o empresta uma rede. Ele volta à Andvara, onde captura Andvari com a rede – Loki é considerado o inventor da rede de pesca. Loki exige que o anão transformado em peixe conte onde seu ouro está, e vai a procura do tesouro. Ao obtê-lo, ainda falta mais uma peça. Apesar de perder tudo, Andvari ainda tenta ficar com seu anel, o Andvarinaut, mas Loki também o pega. Agora sob forma de anão, Andvari vai até uma pedra e amaldiçoa o tesouro perdido.
Loki retorna, e os três deuses dão o tesouro a Hreidmar, preenchendo a bolsa. Hreidmar olha o resultado, e nota que há uma minúscula parte não preenchida, o que força Odin a acrescentar o Andvarinaut. Loki diz que eles agora tinham posse do ouro, e que ele estava amaldiçoado, o que causaria a morte de Hreidmar e Regin. Hreidmar responde que se soubesse antes, ele os teria matado, mas age com desdém quanto à maldição. Por fim, o rei anão os expulsa e o poema continua sem qualquer menção a Loki.

Edda em Prosa
No Edda em prosa, Loki aparece principalmente em Gylfaginning e Skáldskaparmál.

Gylfaginning

A primeira referência a Loki no Edda em prosa está no vigésimo capítulo do livro Gylfaginning. Posteriormente, há uma descrição sobre o personagem. Ele é chamado "caluniador dos deuses", "origem da enganação" e "desgraça dos deuses e homens". Diz-se que seu nome alternativo é Lopt, que ele é filho dos gigantes Fárbauti e Laufey, e irmão de Helblindi e Býleistr. Ele possui boa aparência, amigável, mas sua natureza é maligna. Ele é calculista e malicioso, mas também heróico. Muitas das suas proezas causam grandes danos ou ferimentos, mas geralmente ele é rápido o bastante para restaurar a ordem e evitar o desastre completo.
Sua esposa é Sigyn, com quem teve os filhos Nari e Narfi. Em outra época, foi casado com a giganta Angrboda, com quem gerou três criaturas monstruosas, assustadoras e maléficas: o lobo Fenrir, a grande serpente Jormungand e Hel, a deusa parcialmente decomposta do mundo dos mortos. Os deuses sabiam que que os filhos eram criados em Jotunheim, e esperavam problemas deles devido à natureza de Angrboda, e principalmente a de Loki.
No capítulo 42, conta-se a história acontecida no começo da era dos deuses, quando eles se estabeleceram em Asgard e construíram a Valhala. Um construtor não identificado se oferece para construir uma fortificação aos deuses em troca da deusa Freya, o Sol e a Lua. Após algum debate, os deuses aceitam as condições, mas impõem algumas restrições ao construtor, incluindo completar o trabalho dentro das três temporadas seguintes sem a ajuda de qualquer homem. Eles era fortemente contra as condições, ceder Freya estava fora de cogitação, mas Loki argumenta que o construtor não conseguiria tal feito, e, assim, o contrato seria quebrado. Em contrapartida, o construtor pede que possa ter a ajuda do seu cavalo Svadilfari. O animal consegue rende extraordinariamente bem, carregando blocos enormes de rochas, o que surpreende os deuses. Os dois avançam rapidamente com os muros, e três dias antes do prazo do verão, o construtor está quase na entrada da fortificação. Os deuses se reúnem para discutir esse desempenho inesperado, que colocava em risco a própria natureza dos deuses, entrando em consenso que a culpa era de Loki.
Os deuses declaram que Loki merece uma morte horrível se ele não encontrar um plano para forçar o construtor a falhar no cumprimento do prazo, e o ameaçam. Com medo, ele jura que encontraria um meio para tal, custe o que custasse. Durante a noite, o construtor e seu cavalo se dirigem a outro local em busca de rochas, e da floresta surge uma égua, que começa a chorar. Devido a sua natureza, Svadilfari a segue, mas ela foge floresta a dentro. Essa busca continua por toda a noite, e o construtor é forçado a interromper o trabalho naquela noite, indignado.
Quando os deuses percebem que aquele construtor era um gigante da tribo dos hrímthurs, chamam Thor, que o mata com um golpe do martelo Mjölnir. A égua da floresta era o próprio Loki transformado, e algum tempo depois ele dá a luz a um cavalo cinza de oito patas. Era Sleipnir, considerado o melhor cavalo dos nove mundos. Loki oferece o animal à Odin para redimir sua culpa no caso.
No capítulo 44, relata-se o conto em que Thor e Loki estão cavalgando na biga de Thor levada por cabras. Eles param na casa de um camponês, onde são hospedados pela noite. Thor mata suas cabras, e as prepara para o jantar. Ele convida a família do camponês para compartilhar o alimento preparado. Durante a refeição, o filho Þjálfi chupa a medula óssea de uma das cabras, e quando Thor ressuscita seus animais, descobre que uma das cabras esta manca. Aterrorizada, a família camponesa compensa Thor o dando seus filhos Þjálfi a Röskva.

Com exceção das cabras, Thor, Loki e as crianças continuam a jornada até chegar na floresta de Jotunheim, onde continuam pela escuridão procurando por abrigo para a noite. Eles encontram uma construção imensa, e ficam por lá. Durante a noite, eles sentem abalos sísmicos no local, o que os amedronta, com exceção de Thor. Na realidade, a construção era a grande luva de Skrymir, que roncava durante a noite, causando os tremores. Ao saberem disso, os quatro fogem para uma árvore próxima.
Thor acorda durante a noite, e uma série de eventos ocorre em que Thor tenta destruir o gigante com seu martelo, mas Skrymir acorda a cada tentativa. Após a segunda tentativa, Skrymir o alerta que se ele agisse assim no castelo de Útgarðar, era melhor voltar naquele momento, pois os soldados do rei não aturariam aquela atitude. Eventualmente, Skrymir sai pela floresta, e os quatro viajantes continuam sua jornada até o meio-dia. Eles encontram um grande castelo e uma área aberta. O castelo é tão grande que eles devem se curvar completamente para ver o topo da construção. Na entrada há um portão, e Thor percebe que não consegue abri-lo. Juntos, os quatro conseguem abrir o portão, seguem pelo salão de entrada e observam dois grandes bancos onde sentam pessoas gigantescas.
Entre os gigantes eles identificam Útgarða-Loki, o rei do castelo, que se vira aos visitantes e os saúda, gracejando Thor. O rei desafia os visitantes a alguns desafios, e Loki toma a iniciativa. Ele diz que nenhum dos presentes consegue comer sua comida tão rápido quanto ele, e nisso, um dos servos de Utgarda-Loki se apresenta. Inesperadamente, Loki perde. Em seguida, Thor é desafiado a um teste de bebida, e ele perde também. Em seguida, Utgarda-Loki desafia Thor a erguer a pata de seu gato, e Thor falha novamente. Por último, a velha ama do rei gigante, Eli, desafia Thor a uma luta, e vence. Thor e Loki saem do reino dos gigantes humilhados, porém são confortados mais tarde por um mensageiro, que diz a verdade sobre os desafios: Loki perdera para fogo selvagem, algo que a tudo devora; o chifre de hidromel de Thor havia sido conectado ao oceano, por isso ele nunca o terminava - embora o deus do trovão tenha bebido tanto que o mar sofreu um notável desnível; a pata de gato que Thor não pudera levantar era a imensa cauda da Jörmungard disfarçada por magia, enquanto Eli era, na verdade, a velhice, algo que nada nem ninguém pode vencer.
Noutro momento de Gylfaginning, há a descrição da morte de Balder, a primeira duma série de eventos que levaria ao Ragnarök. A história possui um desfecho análogo ao destino de Loki no fim da Lokasenna, do Edda em verso. Balder era conhecido por disseminar boa vontade e a paz, o que, junto com sua popularidade, irava Loki. Balder, então, começa a ter pesadelos com sua própria morte. O sonho é considerado profético, e ele se deprime com seu destino, fazendo com que sua mãe exija que todos os objetos do mundo nunca façam mal ao filho. Todos exceto por um visco: Frigga o considerava muito irrelevante para tal, além de jovem demais para fazer qualquer juramento.

Loki se transforma em mulher e acaba tomando conhecimento dessa exceção conversando com Frigga, o que o motiva fazer uma flecha mágica de visco, e vai ao encontro dos deuses, que se divertem ao jogar objetos em Baldr e vê-los rebatendo ou desviando sem causar qualquer dano ao jovem. Loki dá sua lança ao irmão de Baldr, o deus cego Höðr, que acidentalmente mata seu irmão. Outras versões sugerem que Höðr não participava da brincadeira por sua condição. Disfarçado, Loki chega e oferece ajuda, lhe fornecendo a flecha e o levando-o a mirá-la no irmão. Por este ato, Odin e a gigante Rindr geram o filho Váli, que cresceria para punir Höðr.
Segundo as tradições, Baldr foi cremado em seu navio, Hringhorni. Todos pesam a morte do ente próximo. Após pedido de Frigga, os presentes são avisados através do mensageiro Hermod que Hela promete libertar Baldr do submundo se todos os objetos vivos pesarem sua morte. Todos atendem o pedido, exceto a giganta Þökk, que se recusa a lamentar a perda desse deus. Por isso, Baldr deveria permanecer no submundo até o Ragnarök.
Quando os deuses descobrem que a giganta era ninguém mais que Loki sob disfarce, eles o perseguem e o prendem a três rochas. Eles prendem uma cobra sobre sua cabeça, que pinga veneno sobre seu rosto. A esposa de Loki, Sigyn evita que isso aconteça armazenando o veneno numa vasilha, mas de tempos em tempos ela era obrigada a retirar o objeto para esvaziá-lo. O líquido tóxico, ao cair sobre o rosto de Loki, causava-lhe tanta dor que a terra inteira tremia com seu grito, o que passou a se chamar terremoto. Eventualmente, Loki consegue se libertar a tempo de lutar contra os deuses no Ragnarök.

Skáldskaparmál

Skáldskaparmál descreve que os filhos de Ivaldi são anões que, desafiados por Loki, construíram o navio mágico de Frey (Skidbladnir), a lança invencível de Odin (Gungnir) e os cabelos de ouro de Sif, substituindo, assim, os cabelos cortados por Loki (esse sendo o principal objetivo do desafio; após cortar os cabelos de Sif durante uma travessura, Loki fora obrigado pelo marido dela, Thor, a compensá-la por aquilo). Tais objetos era muito apreciados pelos deuses, e certa vez Loki apostou com o anão Brokk a própria cabeça que seu irmão Eitri não conseguiria construir objetos com a mesma qualidade. Para atrapalhá-los, Loki se transforma em abelha, picando-os constantemente. Entretanto, mesmo com as dificuldades, essa competição resultou na criação do javali de Frey (Gullinbursti), o anel de Odin (Draupnir) e o martelo de Thor (Mjölnir).
Os deuses julgaram todos os objetos e consideraram as obras de Brokk ainda mais grandiosas que as dos filhos de Ivaldi, e ele ganhou a aposta. Perdendo, Loki foge após estar à mercê dos anões. Entretanto, a pedido dos anões ele é capturado por Thor e entregado aos irmãos. Mas Loki é astuto, e argumenta que, se sua cabeça for cortada, o seu pescoço seria danificado, e isso não fazia parte da aposta. Mas os anões se contentam em costurar seus lábios, pois eles julgavam que Loki falava demais. Ele consegue retirar o fio e fugir.

Teorias sobre o personagem
As ações de Loki mostram seu lado maléfico por boas causas, estas geralmente contra sua intenção original. Entretanto, ele não é considerado perigoso; sua criatividade é usada pelos outros deuses para lidar com situações sem esperança. Uma das teorias sobre o personagem argumenta que seu lado demoníaco e destrutivo é exclusivo duma perspectiva cristã. Muitos os consideram um trapaceiro que, apesar de seu indubitável lado mau, acaba se tornando um dos principais aliados dos deuses; além disso, ele representa o toque de caos necessário para que possa haver evolução. Conceitos cristãos introduzidos mais tarde na Escandinávia acabaram por destacar apenas suas piores características.
Apesar de diversas investigações, a figura deste deus continua obscura. Não há traços de religião em seu nome, e ele não aparece em toponímia alguma. Algumas fontes o relacionam com os deuses, mas se supõe que isso se deve ao seu relacionamento fraterno com Odin, a quantidade que passam juntos.


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Outro aviso (Tá braba a situação)

É galera o negócio tá pegando, estou tendo alguns probleminhas ultimamente e estou em época de gincana na escola então fica tudo uma correria, eu estou sem tempo para o blog até semana que vem (a gincana acaba na sexta-feira), e segunda-feira da semana que vem eu já upo e posto discografias aqui para vocês, nesse meio tempo onde não vou postar nenhuma discografia, eu vou baixar mais CDs aqui pra postar, espero que tudo volte ao normal logo logo

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Aviso

Devido á volta as aulas, não terei mais o tempo que eu tive antes para o blog, então as discografias só serão postadas de 4 em 4 dias, porém irei me esforçar para tentar talvez postar de 3 em 3, mas não garanto nada, provavelmente serão de 4 em 4 dias, agradeço a compreensão, pois lembrem-se que quem upa os arquivos para a internet sou eu, eu não faço como outros blogs baratos que simplesmente roubam o link de algum site e colocam, não, eu upo os álbuns e isso dá um pouco de trabalho, agradeço a compreensão.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Behemoth Discografia Completa

Como prometido, eu trago á vocês, um pouco tarde mas trago haha, a discografia de uma das minhas bandas favoritas de Death Metal/Black Metal, o Behemoth, que começou como um Black metal bem cru, mas que hoje em dia é um Blackned Death que usa elementos de músicas orientais, banda totalmente indicada para todos os fãs de metal extremo.


Behemoth foi formado em 1991 pelo líder, atual guitarrista e vocalista da banda Nergal pelos ex-membros : Baal (bateria) e L. Kaos (guitarra) . Que começou como um puro e primitivo black metal.
Eles lançaram Endless Damnation, que foi o primeio trabalho da banda. Depois de algum tempo, eles lançaram o demo ...From the Pagan Vastlands que foi gravado pela Pagan Records (que foi o primeiro contrato com uma gravadora) . Após o lançamento do EP And the Forests Dream Eternally seguido do álbum Sventevith (Storming Near the Baltic a banda foi ganhando uma visão mais positiva que acabou ganhando um contrato com a gravadora Solistitium Records .
Com o lançamento do álbum Grom foi uma grande surpresa, o álbum estava muito diferente da antiga sonoridade da banda, com uso de vocais femininos, e o uso de guitarras acústicas. Pela ascensão do álbum a banda conseguiu fazer turnês pela europa entre outros lugares. Três anos depois a banda lançou um novo álbum, intitulado como Pandemonic Incantations e, foi um grande estouro da banda pelo fato da carreira da banda ser curta. O álbum lhes rendeu uma enorme turnê. A banda assisou um contrato com a gravadora italiana Avantgarde Music em 1998 .
O primeiro álbum com a colaboração da gravadora foi o Satanica (considerado o melhor álbum da banda por muitos fãns), que mudou seu estilo do black metal purista ao death metal. O álbum rendeu turnês com as banda Deicide e Satyricon, durante a tunrê, a banda sofreu alguns problemas com a formação e com a ex-gravadora, foi ai que entrou o baixista Novy e o guitarrista Havok .
O próximo álbum se chama Thelema.6, no novo álbum, a banda inovou muito mais do que os álbuns antigos: guitarras mais técnicas, bateria cada vez mais brutal e uma composição magnifica. O álbum foi o primeiro da banda a ser lançado oficialmente na Rússia e aqui no Brasil. A banda tocou nos eventos: Wacken Open Air, With Full Force, Inferno Metal Festival, Mystic Festival, e o Mind Over Matter Autumn. Eles também tocaram com as bandas Carpathian Forest e Khold seguido do evento polonês Thrash em All Fest, com Vader e Krisiun entre outros.
Em 2001, a banda se focou em compor um novo material para o sexto álbum da banda, depois de um tempo eles entraram em estúdio para gravar o álbum Zos Kia Cultus (Here And Beyond). O resultado foi impressionante, lhes garantiu muitos shows internacionais. Em fevereiro de 2003 a banda fez uma turnê pela Noruega e lá, assionu contrato com a Century Media Records, o contrato resultou uma turnê com as bandas: Deicide, Revenge, Vehemence e Amon Amarth .
E depois a banda participou de um festival com bandas como Nile e Opeth. No final de 2003 a banda sofreu mais uma mudança na formação saindo Novy e Havok. No começo o Nergal consegui com que Orion (Vesania) entrasse na banda como baixista.
Em 2004 o sétimo álbum Demigod foi lançado, com um novo integrante na banda, conhecido como Seth. O álbum ganhou uma boa crítica, gravado na Hendrix Studios . O álbum contém dois vídeos, "Conquer All" e "Slaves Shall Serve". Em 2007 a banda tocou com as bandas Napalm Death, Moonspell e Dew-Scented . No final de 2004, a banda realizou sua primeira vinda ao Brasil ao ver a emoção dos fãns, Nergal disse em uma entrevista que os shows no Brasil foram um dos melhores que já vez, e confessa ser um grande fâ da banda Krisiun.
A banda lançou seu sétimo álbum The Apostasy , (indicado o melhor álbum da banda pelo líder e vocalista Nergal) lançado em em julho de 2007 gravado em dezembro de 2006 . Em 2007, a banda tocou no Ozzfest, junto com as bandas Job for a Cowboy, Gojira e Beneath the Massacre.
Durante a gravação do álbum The Apostasy, a banda re-gravou a música "Chant for Eschaton 2000" e pretende lançá-la brevemente no próximo EP, intitulado Evangelion.
Em Agosto a banda cancelou todas as futuras apresentações depois que o seu vocalista foi internado com uma doença até então não divulgada. Ainda em Agosto foi revelado que Nergal estava sofrendo com um tipo de leucemia.

 1995 - Sventevith (Storming near the Baltic)


 1996 - Grom




 1998 - Pandemonic Incantations




 1999 - Satanica




 2000 - Thelema.6


 2002 - Zos Kia Cultus (Here and Beyond)




 2004 - Demigod




 2007 - The Apostasy




 2009 - Evangelion








Thor


Na mitologia nórdica, Thor é o deus que empunha o martelo Mjolnir, está associado aos trovões, relâmpagos, tempestades, árvores de carvalho, força, proteção da humanidade e também a santificação, cura e fertilidade. A divindade era conhecida pela mitologia germânica e paganismo como Þunor (em inglês antigo) ou Donar (em alto-alemão antigo), decorrente da língua protogermânica Þunraz (que significa "trovão"). Thor também é chamado de Ásaþórr, Ökuþórr, Hlórriði e Véurr.
Em última análise decorrente da religião protoindo-europeia, Thor é um deus devidamente destacado em toda a história registrada dos povos germânicos, a partir da ocupação romana de regiões da Germânia, para as expansões tribais do período de migração, a sua alta popularidade durante a Era Viking. Dentro do período moderno, Thor continuou a ser reconhecido no folclore rural de todas as regiões germânicas, é frequentemente referido em nomes de lugares e o dia da semana Thursday (Quinta-feira) ou Dia de Thor, é utilizado desde o período pagão até os dias de hoje.
É filho de Odin (o deus supremo de Asgard) e Jord (a deusa de Midgard), foi casado com Sif. Durante o Ragnarök, Thor matará e será morto por Jörmungandr.

Nome
O antigo nórdico Þórr, o inglês antigo Thunor e o alto-alemão antigo Donar são cognatos, descendentes de um germânico comum *þonaroz ou *þunraz, que significa "trovão". O nome do deus do trovão gaulês, Taranis e o deus irlandês Tuireann, também estão relacionados.
O nome de Thor é a origem do dia da semana Thursday (Quinta-feira). Ao empregar uma prática conhecida como Interpretatio germanica durante o período do Império Romano, os povos germânicos adotaram o calendário romano semanal e substituíram os nomes dos deuses romanos pelas suas próprias divindades. O latin dies Iovis (dia de Júpiter) foi convertido para o proto-germânico *Þonares dagaz (Thor's day ou dia de Thor), do qual deriva o inglês moderno "Thursday".
Começando na Era Viking, os nomes de pessoas que contêm o theonym (do clássico grego theos [Deus] e nym [nome], um termo para o nome de um deus) Thōrr são registrados com grande freqüência. Antes da Era Viking, nenhum outro exemplo foi registrado. Nomes como esse podem ter florescido durante a Era Viking, como uma resposta desafiadora às tentativas de cristianização, semelhante à prática em larga escala de usar pingentes do martelo de Thor.
Por meio de um povoado escandinavo da Era Viking na Inglaterra, o nome da divindade em nórdico antigo foi introduzido em inglês antigo como Þór, aparentemente mudando a forma nativa do nome da divindade, Þunor. No entanto, a moderna ortografia Thor é uma anglicização do nome nórdico antigo da Era Viking no Século XVII.
Características
Thor era grande para um deus, extremamente forte (podendo comer uma vaca em uma "refeição"). Thor adorava disputas de poder e era o principal campeão dos deuses contra seus inimigos, os gigantes de gelo. Os fazendeiros, que apreciavam sua honestidade simplória e repugnância contra o mal, veneravam Thor em vez de Odin, que era mais atraente para os que eram dotados de um espírito de ataque, ou que valorizavam a sabedoria. A arma de Thor era um martelo de guerra mágico, chamado Mjolnir com uma enorme cabeça e um cabo curto e que nunca errava o alvo e sempre retornava às suas mãos. Ele usava luvas de ferro mágicas para segurar o cabo do martelo e o cinturão Megingjard que aumentava sua força em dez vezes.
Teve também uma vida doméstica importante. Casou duas vezes, a primeira com a gigante Járnsaxa, que lhe deu um filho, Magni (força). Outro filho de nome Modi (coragem) é também atestado nas fontes antigas, mas sem referir o nome da mãe. E o segundo casamento, que foi muito mais importante no mito do deus Thor, foi com Sif, a bela dama dos cabelos tão louros como o ouro. Com ela teve duas filhas: Lorride e Thrud.
Os antigos escritores (Saxo, Adam de Bremen, Aelfric, Snorri) identificaram Thor com o deus Greco-Romano Júpiter porque ambos são filhos da Mãe-Terra, comandante das chuvas, dos raios e trovões, são protetores do mundo e da comunidade cujo símbolo era o carvalho, representando o tronco da família. Os animais de ambos deuses era o carneiro, o bode e a águia. Thor era sempre apresentado com seu martelo e Júpiter com seu cetro. Thor matou a serpente Jormungand e Júpiter o dragão Tifão. O historiador Tácito identificou Thor com Hércules, por causa de seu aspecto, força, arma e função de protetor do mundo.
Thor gostava da companhia de Loki, apesar do talento desse embusteiro para colocar ambos em confusões. As histórias de suas aventuras estão entre as mais ricas da mitologia nórdica. No panteão nórdico, Thor era o destruidor do mal e o segundo maior expoente dos deuses Aesir. A imagem de Thor aparece em muitas estelas rúnicas assim como seu nome ou seu martelo. Thor é um excelente guerreiro e já derrotou muitos gigantes, trolls, monstros, berserker e feras, segundo o Edda em Prosa. Thor percorria o mundo numa carruagem puxada por dois bodes chamados Tanngrísnir e Tanngnjóstr. Conta-se que quando Thor percorria o céu nessa carruagem as montanhas ruiam, e o barulho provocado pelas rodas do veículo originavam os trovões. Thor habita em Thrudheimr (ou Thrudvangr) no salão Bilskirnir onde ele recebia os pobres depois que haviam morrido. Esse salão possui 540 acomodações e é considerada a maior de todas as construções. O mensageiro de Thor era o veloz Thjalfi e sua criada era Röskva, irmã de Thjalfi. Quando Thor estava longe de seu lar ele matava seus bodes e os comia, e depois os ressuscitava com martelo mágico. Thor é o criador da constelação conhecida pelos vikings como Dedo de Aurvandill. Era Thor o deus que mais possuía templos na Escandinávia.
No Ragnarok, a tarefa de Thor será matar a cruel Jormungand ou Serpente Midgard (uma serpente tão grande que envolve a Terra), cria de Loki, mas ele morrerá na batalha.
Os anglo-saxões deram o nome de Thor ao quinto dia da semana, Thursday, ou "Thor's day" (quinta-feira, em inglês); o mesmo aconteceu entre os escandinavos que chamaram a quinta-feira de "Torsdag". O mesmo acontece no idioma alemão em que a quinta-feira se chama "Donnerstag" (donner = trovão; tag = dia).
Símbolos e Artefatos
O mais importante símbolo de Thor é o martelo, Mjölnir (destruidor), que na pré-história escandinava surgia sob a forma de um machado - relacionado à fertilidade e aos fenômenos atmosféricos. O martelo de Thor, também se relaciona com os aspectos míticos de ferreiro do deus, ao criar trovões e relâmpagos. Existem evidências de que o culto ao martelo continuaram na Era Viking a serem propiciadores de fertilidade feminina para o casamento. O uso de pingentes com a forma do martelo foram um dos grandes elementos de identidade pagã no final da Era Viking (Langer, 2010), e segundo vários pesquisadores, serviu como uma resposta ao uso cotidiano de cruzes em pescoços dos cristãos convertidos. Recentemente, diversos formatos de pingente do martelo são vendidos em todo o mundo, demonstrando não somente a permanência do símbolo, mas também, a grandiosidade do mito de Thor na cultura e no imaginário contemporâneo, que atinge de forma impressionante o cinema, a literatura, os quadrinhos/banda desenhada e as artes plásticas em geral.
Para além do martelo, Thor usava ainda outros dois artefactos que estavam directamente ligados ao mjölnir. O járngreipr, umas luvas de ferro, que Thor usava para manejar o mjölnir. O terceiro artefacto era o cinto,megingjord, que lhe concedia um tremendo aumento da sua força, e igualmente o tornava apto a manejar o martelo.
O Roubo de Mjölnir
Uma vez Thor perdeu seu martelo e pediu a deusa Freia para que lhe emprestasse a forma de uma ave de rapina com o intuito de procurá-lo.Thor,sob a forma de um falcão, então voa para bem longe e fica sabendo que seu martelo mágico,a única arma suficientemente capaz de enfrentar os gigantes,está no poder de um deles de nome Thrym que vive no fundo da terra.Thor então pede que seu martelo seja devolvido no que o gigante recusa,advertindo que o devolveria apenas se a deusa Freia aceitasse casar-se com ele, algo que a deusa toma como uma ofensa. Logo orientado pelo oráculo Heimdall a disfarçar-se de Freia concordando com o pedido de casamento e assim recuperar seu martelo,parte juntamente com Loki para Jotunheim,a Terra dos gigantes,a bordo de sua carruagem sob o espetáculo de raios e trovões.Chegando a Jotunheim é efusivamente recepcionado por seus anfitriões gigantes que se espantam com a sua fome e seus olhos flamejantes sob o véu que Thor veste. Loki disfarçado então de serviçal tranquiliza-os argumentando que a 'deusa' estava a várias noites sem comer e dormir devido a angústia e ansiedade do casamento. Quando logo o martelo é colocado no colo da falsa noiva, Thor se revela e mata o seu noivo gigante e todos os outros convidados ao redor voltando triunfante para Asgard.
A Pesca da Serpente
Segundo um antigo mito viking,Thor decide visitar o gigante do mar, Hymir, disfarçado de mancebo.Logo que chega junto a Hymir, Thor se oferece para ajudá-lo na pescaria,que inicialmente, é recusada pelo gigante depois vindo a ser consentida.A pedido do gigante Thor vai até o seu rebanho e mata um de seus touros levando a cabeça do animal que será usada como isca durante a pescaria.Ambos partem juntos, sendo que Thor rema vigorosamente levando-os a um local afastado daquele comumente usado por Hymir. Lá o seu anzol é preparado e lançado ao mar onde a Serpente do Mundo,que habita os oceanos,fisga,advindo um intenso combate onde Thor a prende com tanta tenacidade e força que seus pés rompem a estrutura do barco tocando o fundo do oceano.Quando Thor brande seu martelo a ponto de golpeá-la,o gigante enfim corta a linha do anzol.Em outras versões do mito a serpente foge enquanto Thor atira o gigante à água voltando à praia em seguida.



segunda-feira, 30 de julho de 2012

Discografia do Behemoth chegando

Devido a alguns problemas não tive tempo para o blog, a discografia devia sair amanhã, porém, a nova discografia que será do Behemoth só vai sair quarta-feira.

domingo, 29 de julho de 2012

Pantera (Segunda Fase) Discografia Completa

Se você gosta de Metal, eu tenho certeza que você já ouviu falar da banda Pantera, e se não ouviu, é melhor começar. Uma das bandas de thrash metal mais extremas e revolucionárias dos anos 90, os caras foram para o topo. Eu costumo dizer que Pantera teve duas fases, porque realmente teve, a fase glam metal que ocorreu nos anos 80, onde a banda tocava glam metal (logicamente) e a fase 'Cowboys from Hell' nos anos 90 que foi quando a banda foi pro auge, mudando totalmente sua sonoridade para algo extremo e violento, com ajuda do novo vocalista da banda, Phil Anselmo.

Formada em 1981, a banda atingiu popularidade depois da segunda metade da década de 80,inicialmente, faziam um som glam hard rock,e só na decada de 90, quando o vocalista Terry Glaze saiu, dando espaço para Phil Anselmo é que a banda atingiu realmente o sucesso mundial.Mudando totalmente o estilo, passaram a fazer um som pesado, com muita pegada, e estilo mais agressivo, com uma caída para o heavy metal.

A banda explodiu com “Cowboys From Hell” (1990), que a consagrou como uma das bandas mais importantes de Thash da época, em 1992 saiu o ” Vulgar Display of Power”, que além das pegadas heavy, ganharam também um tom de hardcore e guitarras aindas mais pesadas.

Já em 94, com o “Far Beyond Driven” a banda conquistou um feito inédito entre as bandas de metal, estrear no topo das paradas americana e australiana de discos. Em 96, lança ” The Great Southem Tremdkill, e é considerado o álbum mais brutal da banda. O último disco foi lançado em 200, “Reinventing The Steell”, que marcou o fim da banda.

A banda acabou devido á muitos problemas relacionados ao ego de Phil Anselmo que o tornou uma pessoa ignorante e que começou a utilizar de drogas como heroína, ele teve uma overdose e praticamente 'ressuscitou', e enxergou os seus erros quando isso aconteceu, então resolveu dar uma pausa com o Pantera por algum tempo. Nesse meio tempo, o guitarrista da banda Dimebag Darrel e seu irmão Vinnie Paul formaram uma pequena banda chamada Damageplan, que foi onde aconteceu a tragédia, do assassinato de Dimebag Darrel, um dos maiores guitarristas de todos os tempos, marcando o fim do Pantera.

Para quem estiver mais interessado na história da banda, segue o documentário da banda dividido em 5 vídeos:

Pt. 1

Pt. 2
Pt. 3
Pt. 4
Pt. 5

sábado, 28 de julho de 2012

Discografia do Pantera chegando

Bom, com a novidade de que agora o blog terá histórias de terror e coisas sobre mitologia e logo logo sobre ocultismo, fica bem mais trabalhoso, por isso ainda não postei uma discografia desde a do Immortal, porém, vou upar a discografia do Pantera nessa madrugada e amanhã já devo estar postando ela para vocês.

Mitologia Nórdica

Mitologia Nórdica
Mitologia nórdica, também chamada de mitologia germânicamitologia viking ou mitologia escandinava, é o nome dado ao conjunto de religiões, crenças e lendas pré-cristãs dos povos escandinavos, incluindo aqueles que se estabeleceram na Islândia, onde a maioria das fontes escritas para a mitologia nórdica foram construídas. Esta é a versão mais bem conhecida da mitologia comum germânica antiga, que inclui também relações próximas com a mitologia anglo-saxônica. Por sua vez, a mitologia germânica evoluiu a partir da antiga mitologia indo-europeia.
A mitologia nórdica é uma coleção de crenças e histórias compartilhadas por tribos do norte da Germânia (atual Alemanha), sendo que sua estrutura não designa uma religião no sentido comum da palavra, pois não havia nenhuma reivindicação de escrituras que fossem inspirados por algum ser divino. A mitologia foi transmitida oralmente principalmente durante a Era Viking, e o atual conhecimento sobre ela é baseado especialmente nos Eddas e outros textos medievais escritos pouco depois da cristianização.
No folclore escandinavo estas crenças permaneceram por mais tempo, e em áreas rurais algumas tradições são mantidas até hoje, recentemente revividas ou reinventadas e conhecidas como Ásatrú ou Odinismo. A mitologia remanesce também como uma inspiração na literatura, assim como no teatro, na música e no cinema.
A família é o centro da comunidade, podendo ser estreitamente relacionada com a fertilidade-fecundidade quanto com a agressividade de um povo hostil e habituado a guerras, em uma sociedade totalmente rural que visa a prosperidade e a paz para si. Deste modo, a religião é muito mais baseada no culto do que no dogmatismo ou na metafísica, uma religiosidade baseada em atos, gestos e ritos significativos, muitas vezes girando em torno de festividades a certos deuses, como Odin e Tîwaz (identificado por alguns estudiosos como predecessor de Odin).
Pode-se dizer que a religião viking não existia sem um ritual e abordava exclusivamente o culto aos ancestrais; era uma religião que ignorava o suicídio, o desespero, a revolta e mais do que tudo, a dúvida e o absurdo. Segundo alguns autores, era "uma religião da vida".

Fontes
A maior parte desta mitologia foi passada adiante oralmente, sendo que grande parte dela foi perdida. Há também o Gesta Danorum, desenvolvido pelo dinamarquês Saxo Grammaticus onde, entretanto, os deuses nórdicos estão descaracterizados fortemente.
Prose of Younger Edda (mais conhecida como Edda em Prosa) foi escrita no início do Século XIII. À primeira vista, ele parece um manual para aspirantes a poetas, que lista e descreve os contos tradicionais que deram forma à base de expressões poéticas padronizadas, tais como os kennings. O autor da Prose of Younger Edda é reconhecido como sendo Snorri Sturluson, o renomado chefe, poeta e diplomata da Islândia.
Elder Edda (também conhecido como Edda poética ou Edda em verso) foi escrito aproximadamente 50 anos mais tarde. Contém 29 poemas longos, sendo que 11 tratam sobre as divindades germânicas e o resto se referem aos heróis legendários como Sigurd, da Saga de Volsunga (o Siegfried da versão alemã do poema Nibelungenlied). Embora os estudiosos acreditem que esta coleção de poemas tenha sido desenvolvida mais tarde do que o Younger Edda, é creditado o nome de Elder Edda para esta obra por causa da antiguidade atribuída aos textos.
Além destas fontes, há diversas lendas que sobrevivem no folclore escandinavo, e há centenas de nomes de lugares na Escandinávia cuja origem se encontra nos deuses da mitologia nórdica. Algumas inscrições rúnicas, tais comoRök Runestone e o amuleto de Kvinneby, fazem referências a mitologia. Há também diversas imagens entalhadas na pedra que descrevem cenas da mitologia nórdica, tais como a viagem de pesca de Thor, cenas da saga de Völsunga, Odin e Sleipnir, Odin sendo devorado por Fenrir, e Hyrrokkin viajando ao funeral de Balder. Há também imagens menores, tais como os figuras que descrevem os deuses Odin (com só um olho), Thor (com seu martelo) e Freyr.

O Universo Nórdico
Na mitologia nórdica (ou mitologia anglo-saxônica), se acreditava que a terra era formada por um enorme disco liso. Asgard, onde os deuses viviam, se situava no centro do disco e poderia ser alcançado somente atravessando um enorme arco-íris (a ponte de Bifrost). Os gigantes viviam em um domicílio equivalente chamado Jotunheim (Casa dos Gigantes). Uma enorme ábade no subsolo escuro e frio formava o Niflheim, que era governada pela deusa Hel. Este era a moradia eventual da maioria dos mortos. Situado em algum lugar no sul ficava o reino impetuoso de Musphelhein, repouso dos gigantes do fogo. Outros reinos adicionais da mitologia nórdica incluem o Alfheim, repouso dos elfos luminosos (Ljósálfar), Svartalfheim, repouso dos elfos escuros, e Nidavellir, as minas dos anões. Entre Asgard e Niflheim estava Midgard, o mundo dos homens.
O mundo da mitologia nórdica

Não há uma clara definição sobre quais seriam os mundos da mitologia nórdica, pois muitos se sobrepõem e vários nomes são utilizados, designando, normalmente, o mesmo lugar. Diferentemente de outras culturas mitológicas, na nórdica não há uma clara definição sobre os lugares que, as vezes, são separados por mares ou oceanos, não constituindo mundosseparados na acepção da palavra. Deste modo, podemos verificar a existência de nove mundos, conhecidos como os Nove Mundos da Mitologia Nórdica, que podem ser considerados os principais:
  • Asgard (Ásgarðr)
  • Midgard (Miðgarðr)
  • Jotunheim (Jötunheimr)
  • Vanaheim (Vanaheimr)
  • Alfheim (Álflheimr)
  • Musphelhein
  • Svartalfheim
  • Nidavellir
  • Niflheim


Seres Sobrenaturais
Há três "clãs" de divindades: os Æsir, os Vanir e os Iotnar (referenciados como os gigantes neste artigo). A distinção entre o Æsir e o Vanir é relativa, pois na mitologia os dois finalmente fizeram a paz após uma guerra prolongada, ganha pelos Æsir. Entre os embates houve diversas trocas de reféns, casamentos entre os clãs e períodos onde os dois clãs reinavam conjuntamente. Alguns deuses pertencem à ambos os clãs. Alguns estudiosos especulam que esta divisão simboliza a maneira como os deuses das tribos invasoras indo-européias suplantaram as divindades naturais antigas dos povos aborígenes, embora seja importante notar que esta afirmação é apenas uma conjectura. Outras autoridades (compare Mircea Eliade e J.P. Mallory) consideram a divisão entre Æsir/Vanir simplesmente a expressão dos nórdicos acerca da divisão comum Indo-Européia acerca das divindades, paralela aos deuses Olímpicos e os Titãs da mitologia grega, e algumas partes do Mahabharata.
O Æsir e o Vanir são geralmente inimigos dos Iotnar (Iotunn ou Jotuns no singular; Eotenas ou Entas, em inglês arcaico). São comparáveis ao Titãs e aos Gigantes da mitologia grega e traduzidos geralmente como "gigantes", embora trolls e demônios sejam sugeridos como alternativas apropriadas. Entretanto, os Æsir são descendentes dos Iotnar e tanto os Æsir como os Vanir realizaram diversos casamentos entre eles. Alguns dos gigantes são mencionados pelo nome no Eddas, e parecem ser representações de forças naturais. Há dois tipos gerais de gigante: gigantes da neve e gigantes do fogo. Havia também elfos e anões e, apesar de seu papel na mitologia ser bastante obscuro, normalmente são apresentados tomando o partido dos deuses.
Além destes, há muitos outros seres supernaturais: Fenris (ou Fenrir) o lobo gigantesco, e Jormungard, a serpente do mar que circula o mundo inteiro. Estes dois monstros são descritos como primogênitos de Loki, o deus da mentira, e de um gigante. Hugin e Munin (pensamento e memória), são criaturas mais benevolentes, representadas por dois corvos que mantêm Odin, o deus principal, informado do que está acontecendo na terra; Ratatosk, o esquilo que atua como mensageiro entre os deuses e Yggdrasil, a árvore da vida, figura central na concepção deste mundo.
Assim como muitas outras religiões politeístas, esta mitologia não apresenta o característico dualismo entre o bem e o mal da tradição do oriente médio. Assim, Loki não é primeiramente um adversário dos deuses, embora se comporte frequentemente nas histórias como o adversário primoroso contra o protagonista Thor, e os gigantes não são fundamentalmente malignos, apesar de normalmente rudes e incivilizados. O dualismo que existe não é o mal contra o bem, mas a ordem contra o caos. Os deuses representam a ordem e a estrutura visto que os gigantes e os monstros representam o caos e a desordem.

Völuspá: a origem e o final do mundo
A origem e o final eventual do mundo são descritas em Völuspá ("A profecia dos Völva" ou "A profecia de Sybil"), um dos poemas mais impressionantes no Edda poético. Estes versos assombrados contêm uma das mais vívidas criações em toda a história religiosa e representa a destruição do mundo, cuja originalidade está na sua atenção aos detalhes.
No Völuspá, Odin, deus principal do panteão dos nórdicos, conjura do espírito de um Völva morto (Shaman ou Sybil) e requer que este espírito revele o passado e o futuro. O espírito se mostra relutante: "O que você pede de mim? Porque você me tenta?"; mas como ela se encontra morta, não mostra nenhum medo de Odin, e continuamente o pergunta, de forma grosseira: "Bem, você quer saber mais?" Mas Odin insiste: se deve cumprir sua função como o rei dos deuses, deve possuir todo o conhecimento. Uma vez que o sybil revela os segredos de passado e de futuro, cai para trás em forma de limbo: "Eu dissiparei agora".
O Passado
No início havia somente o mundo das névoas, Niflheim e o mundo de fogo, Musphelhein, e entre eles havia o Ginungagap, "um grande vazio" no qual nada vivia. Em Ginungagap, o fogo e a névoa se encontraram formando um enorme bloco de gelo. Como o fogo de Musphelhein era muito forte e eterno, o gelo foi derretendo até surgir a forma de um gigante primordial,Ymir, que dormiu durante muitas eras. O seu suor deu origem aos primeiros gigantes. E do gelo também surgiu uma vaca gigante, Audumbla, cujo leite jorrava de suas tetas primordiais em forma de 4 grandes rios que alimentavam Ymir. A vaca lambeu o gelo e libertou o primeiro deus, Buro, que foi pai de Borr, que por sua vez foi pai do primeiro Æsir, Odin, e seus irmãos, Vili e Ve. Então, os filhos de Borr, Odin, Vili e Ve, destroçaram o corpo de Ymir e, a partir deste, criaram o mundo. De seus ossos e dentes surgiram as rochas e as montanhas e de seu cérebro surgiram as nuvens.
Os deuses regularam a passagem dos dias e noites, assim como das estações. Os primeiros seres humanos eram Ask (carvalho) e Embla (olmo), que foram esculpidos em madeira e trazidos à vida pelos deuses Odin, Honir/Vili e Lodur/Ve. Sol era a deusa do sol, filha de Mundilfari e esposa de Glen. Todo dia, ela montava através do céu em sua carruagem puxada por dois cavalos nomeados Alsvid e Arvak. Esta passagem é conhecida como Alfrodul, que significa "glória dos elfos", que se tornou um kenning comum para o sol. Sol era perseguida durante o dia por Skoll, um lobo que queria devorá-la. Os eclipses solares significavam que Skoll quase a capturava. Na mitologia, era fato que Skoll eventualmente conseguia capturarSol e a devorava; entretanto, a mesma era substituída por sua filha. O irmão de Sol, a lua, Mani, era perseguido por Hati, um outro lobo. Na mitologia nórdica, a terra era protegida do calor do sol por Svalin, que permanecia entre a terra e a estrela. Nas crenças nórdicas, o sol não fornecia luz, que emanava da juba de Alsvid e Arvak.
A Sybil descreve a enorme árvore que sustenta os nove mundos, Yggdrasil e as três Nornas (símbolos femininos da fé inexorável, conhecidas como Urðr (Urdar), Verðandi (Verdante) e Skuld, que indicam o passado, a atualidade e futuro), as quais tecem as linhas do destino. Descreve também a guerra inicial entre o Æsir e o Vanir e o assassinato de Balder. Então, o espírito gira sua atenção ao futuro.
O Futuro
A visão antiga dos nórdicos sobre o futuro é notavelmente sombria e pálida. No final, as forças do caos serão superiores em número e força aos guardiões divinos e humanos da ordem. Loki e suas crianças monstruosas explodirão suas uniões; os mortos deixarão Niflheim para atacar a vida. Heimdall, guardião das divindades, convocará os deuses com o soar de sua trombeta de chifre. Se seguirá uma batalha final entre ordem e caos (Ragnarök), que os deuses perderão, como é seu destino. Os deuses, cientes de sua sina, recolherão os guerreiros mais finos, o Einherjar, para lutar em seu lado quando este dia vier. No entanto, no final, seus poderes serão pequenos para impedir que o mundo caia no caos onde ele se emergiu, e os deuses e seu mundo serão destruídos. Odin será engolido por Fenrir, o lobo. Mesmo assim, ainda haverá alguns sobreviventes, humanos e divinos, que povoarão um mundo novo, para começar um novo ciclo. Ou assim Sybil nos diz; os estudiosos ainda se dividem na interpretação das últimas estrofes e deixam em dúvida se esta não foi uma adição atrasada ao mito por causa da influência cristã. Se a referência for anterior a cristianização, o mito do final dos tempos do Völuspá pode refletir uma tradição indo-europeia que se deriva dos mitos do zoroastrismo persa.

Os reis e os heróis
A mitologia nórdica não trata somente dos deuses e das criaturas supernaturais, mas também sobre heróis e reis. Muitos deles, provavelmente, existiram realmente e as gerações de estudiosos escandinavos tentam extrair a história do mito a partir das sagas. Às vezes, o mesmo herói ressurge em diversas formas dependendo de que parte do mundo germânico os épicos sobreviveram. Como exemplos temos o Völund/Weyland e Siegfried/Sigurd, e provavelmente em Beowulf/Bödvar Bjarki. Outros heróis notáveis são Hagbard,Starkad, Ragnar Lodbrok, Heron T.K.S., O Anel de Sigurd, Ivar Vidfamne e Harald Hildetand. Notáveis também são as shieldmaidens, que eram as mulheres "comuns" que tinham escolhido o caminho do guerreiro.

O verdadeiro Ragnarok: Cristianismo
Um problema complexo ao interpretar esta mitologia é que, frequentemente, os testemunhos mais próximos que existem das épocas mais remotas foram escritos por cristãos. Como um exemplo de caso, o Younger Edda e o Heimskringla foram escritos por Snorri Sturluson no Século XIII, após quase duas centenas de anos depois que a Islândia se tornou cristã, em torno do ano 1000, em um momento histórico sob um intenso clima político antipagão na Escandinávia.
Virtualmente, toda a literatura sobre as sagas vikings se originou na Islândia, uma ilha relativamente pequena e remota. Mesmo contando com o clima de tolerância religiosa que permanecia naquela época nesta região, Sturluson foi guiado por um ponto de vista essencialmente cristão. O Heimskringla, cujas cópias são tão difundidas na Noruega atual quanto a Bíblia, fornece algumas introspecções interessantes nesta direção. Snorri Sturluson introduz Odin como um lorde guerreiro mortal da Ásia que adquire poderes mágicos, se estabelece na Suécia, e se torna um semi-deus após sua morte. Ao remover a divindade de Odin, Sturluson fornece então a história de um pacto do rei sueco Aun com o Odin para prolongar sua vida, sacrificando seus filhos. Mais tarde, no Heimskringla, Sturluson apresenta em detalhes como o Santo Olaf Haroldsson converteu brutalmente os escandinavos ao cristianismo.
Na Islândia, tentando evitar a guerra civil, o parlamento votou a favor da cristianização, mas tolerou a prática de cultos pagãos na privacidade dos lares. A atmosfera mais tolerante permitiu o desenvolvimento da literatura acerca das sagas, que foi uma janela vital para auxiliar a compreender a era pagã.
Por outro lado, a Suécia teve uma série de guerras civis durante o século XI, que terminou com a queima do templo em Uppsala.
A conversão não aconteceu rapidamente, independente se a nova fé fosse mais ou menos imposta pela força. O clérigo trabalhou fortemente no sentindo de ensinar à população que os deuses nórdicos eram apenas demônios, mas seu sucesso era limitado e os deuses nunca se tornaram realmente malignos na mente popular. Dois achados arqueológicos extremamente isolados podem ilustrar quanto tempo a cristianização levou para atingir toda a região. Os estudos arqueológicos das sepulturas na ilha sueca de Lovön mostraram que a cristianização levou entre 150 a 200 anos.
Do mesmo modo, na cidade comercial de Bergen, duas inscrições rúnicas do século XIII foram encontradas, onde a primeira diz pode Thor o receber, pode Odin possui-lo. A segunda inscrição é um galdra que diz eu entalhei runas de cura, eu entalhei runas de salvação, uma vez contra os elfos, duas vezes contra os trolls, três vezes contra os thurs. A segunda menciona também a perigosa valquíria Skögul.
Apesar de haver poucos testemunhos do século XIV até o século XVIII, o clérigo, tal como Olaus Magnus (1555) escreveu sobre as dificuldades de extinguir a opinião antiga sobre os deuses antigos. o Þrymskviða parece ter sido uma das raras canções que resistiram ao tempo, como a romântica Hagbard e o Signy. As versões conhecidas de ambas foram registradas nos séculos XVII e XIX. No século XIX e no início do século XX, os folcloristas suecos documentaram o que o povo comum acreditava, e o que eles deduziram era que muitas tradições dos deuses da mitologia nórdica haviam sobrevivido. Entretanto, as tradições estavam muito longe do sistema coeso desenvolvido por Snorri. A maioria dos deuses tinham sido esquecidos e somente o caçador Odin e a figura de matador de gigantes de Thor aparecia em numerosas lendas. Freya era mencionado algumas vezes e Balder sobrevivia somente nas lendas sobre nomes de lugares.
Outros elementos da mitologia nórdica sobreviveram sem ser percebido como tal, em especial a respeito dos seres sobrenaturais no folclore escandinavo. Além disso, a opinião dos nórdicos sobre o destino foi muito firme até épocas modernas. Desde que o inferno cristão se assemelhou ao domicílio dos mortos na mitológia nórdica, um dos nomes foi aproveitado da fé antiga, Helvite, isto é, punição de Hel. Alguns elementos das tradições de Yule foram preservados, como a tradição sueca de matar um porco durante o Natal, que era originalmente parte do sacrifício a Frey.